sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

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A concepção de infância que temos na atualidade é completamente diferente das sociedades na idade média. Hoje temos claramente a concepção de que a infância é uma das fases do desenvolvimento humano mais importante, que compreende o período de 0 a 12 anos, sendo dividida em primeira infância (0 a 3 anos), segunda infância (3 a 6 anos) e terceira infância ( 6 a 12 anos). Este período é marcado por um grande desenvolvimento na pessoa em seus aspectos físicos, emocionais, sociais e intelectuais, e possui especificidades próprias e requer atenção especial. Hoje sabemos que a criança é diferente do adulto e tem necessidades, desejos e precisa de cuidados específicos.

Em tempos remotos, segundo Ariés, até o século 12, os relatos sobre a participação da mesma, no meio social, era quase invisível. A infância não existia. Registros mostram que a criança começa a aparecer no cenário social, entre os séculos 13 a 16, retratadas por artistas em algumas obras de arte.

No Brasil, apesar das interferências de etnias e das culturas trazidas pelos nossos colonizadores, o tratamento às crianças como um ser, “sem muita importância”, se assemelhavam ao tratamento europeu. A história relata crianças escravas, imigrantes e órfãos, que vinham nos porões das embarcações nesse período turbulento , quando não morriam na viagem, padeciam como escravos nas fazendas e os órfãos eram explorados como mão de obra sem remuneração. Tinham somente como recompensa o alimento, vestimenta e moradia das famílias que o adotavam. A partir dos 7 anos de idade, as crianças estavam aptas a serem inseridas para a aprendizagem de tarefas domésticas, entres outras atividades e convívio social com os adultos. Vale ressaltar que esse tratamento, como nos dias atuais, cabia as crianças de famílias pobres; aos filhos dos ricos, a criação era mais voltada aos estudos e formação intelectual, porém a concepção de infância era a mesma.

Somente a partir do século 16, começa a surgir um sentimento de valorização social das crianças e com ele, um comportamento diferente da sociedade, a paparicação e a exasperação, como relatado na citação abaixo:
Contudo, um sentimento superficial da criança – a que chamei de “paparicação” – era reservado á criancinha em seus primeiros anos de vida, enquanto ela ainda era uma coisinha engraçadinha. As pessoas se divertiam com a criança pequena como um animalzinho, um macaquinho impudico. Se ela morresse então, como muitas vezes acontecia, alguns podiam ficar desolados, mas a regra geral era não fazer muito caso, pois outra criança logo a substituiria. A criança não chegava a sair de uma espécie de anonimato” (ÁRIES,1981, p.10).


Em outras palavras, a criança era como um objeto de diversão da família e mais ao mesmo tempo um ser tratado com rígidez. Mesmo com uma tímida valorização da infância por parte da sociedade europeia, os índices de mortalidade, principalmente nos primeiros anos de vida, era muito grande.


Ainda no século 17, a Europa Ocidental começava a passar por transformações culturais, sociais e econômicas. O capitalismo e a criação de instituições de ensino, era algumas das mudanças que impactaram esse período da história. Durante este redemoinho de transformações, surgem dois pensadores o inglês John Locke e o suíço Jean Jacques Rousseau. Locke, afirmava que a criança era um papel em branco e que seria moldada conforme o meio que vivia. Já Rousseau, defendia a teoria da pureza e inocência das crianças e que as instituições sociais seriam as principais responsáveis por corrompê-las. Este intelectual, começou a despertar a concepção que a criança tem a sua natureza e especificidades próprias e estas precisam ser respeitadas.

Entre os séculos 17 a 19, teve-se uma visão romântica da infância, a criança passou a ser vista como seres pensantes, sensíveis e de consciência moral de valores.
Finalmente a partir do século 19, nos EUA a classe média passaria a ter uma visão de infância diferente de tudo que até então se conhecia. Segundo a nova concepção, a criança necessitava de espaço para brincar, afeto, cuidado e proteção. Vale destacar que contraditório a essa nova concepção, as crianças de famílias pobres da época, tinham que trabalhar para ajudar os pais, uma realidade do passado, mas que continua, em alguns casos, historicamente presente nas sociedades com baixo poder aquisitivo.

Acredita-se que os estudos realizados por Áries sobre a infância, tenha contribuído de forma decisiva e significativa, problematizando, abrindo questionamentos e chamando a atenção da sociedade para a valorização da criança no contexto social, econômico e humano.

Quando nos referimos a valorização da infância e da psicologia do desenvolvimento humano, não poderíamos deixar de citar Henri Wallon, esse notável estudioso e teórico, que criou a teoria da psicogênese. Segundo ele, o desenvolvimento infantil é marcado por suas sucessivas etapas, cujo o ritmo é de descontinuidade, rupturas, retrocessos e reviravoltas. E estudando a criança, Wallon descobriu o desenvolvimento do homem na sua plenitude.

Wallon, divide sua teoria em estágios: impulsivo emocional, sensório-motor e projetivo, personalismo, categorial e estágio da adolescência. Wallon, grande teórico da inteligência emocional. Conforme o mesmo, na primeira e segunda infância, ocorrem uma das mais importantes etapas do desenvolvimento humano, a socialização. Nessa etapa, há uma explosão de emoções e uma entrega quase que total ao afeto, brincadeiras e a confiança na proteção dos pais. A exemplo disso, a amizade com outras crianças sem distinção de cor, raça, condição social e econômicas. E nessa fase onde se desenvolve a comunicação através do choro, estabelecendo as primeiras relações de conquista de pessoas e de mundo. 

É importante destacarmos também a contribuição de outros estudiosos para a desenvolvimento da infância, como Pestalozzi e Froebel que criaram os Jardins de Infância.
O tempo passa, as mentes mudam, as sociedades se transformam e os desafios antigos continuam. De fato, hoje constatamos que o conceito de infância de acordo com os estudos de Áires, ao longo dos séculos sofreu mudanças, transformações importantes e significativas, no sentido de despertar na comunidade científica e sociedade questionamentos, problematizações e soluções para valorização e inclusão da criança como pessoa humana, completa, porém em desenvolvimento e com especificidades próprias. De acordo com o RCNEI:

Modificar essa concepção de educação assistencialista significa atentar para várias questões que vão muito além dos aspectos legais. Envolve, principalmente, assumir as especificidades da educação infantil e rever concepções sobre a infância, as relações entre classes sociais, as responsabilidades da sociedade e o papel do estado diante das crianças pequenas.” (Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, 1998, p.17).

Há novos desafios na contemporaneidade, outros são bem antigos, como a exploração do trabalho infantil, a pedofilia, a violência sexual, a precarização da saúde, a fome, a falta de moradia digna. Outros desafios se apresentam na contemporaneidade como o uso indiscriminado da internet, a pornografia infantil, o suicídio infanto-juvenil influenciado por jogos digitais, a falta de limites entre pais e filhos que tem reflexos na Escola com a indisciplina, desrespeito aos professores, violência, evasão, falta de interesse pelos estudos, uso de drogas, a alfabetização incompleta, o aumento de crianças com deficiências, entre outros. Portanto, se faz necessário a criação de novas políticas públicas de inclusão, apoio e proteção a infância e a adolescência em situação de risco e de vulnerabilidade.


É notório e de conhecimento público que nos últimos anos, recebemos novos reforços como a LDB, o Estatuto da Criança e do Adolescente, Conselho Tutelar, Disque 100 e entre outros. É importante também ressaltarmos a ajuda internacional por parte da UNICEF- Fundo das Nações Unidas Para o Desenvolvimento da Criança e da Adolescência, órgão internacional criado em 1950, com sede em Nova York, que tem como objetivo a defesa dos direitos das crianças e adolescentes em todo mundo. No Brasil, sua atuação se concentra nas regiões norte e nordeste, premiando com o selo Unicef os municípios que se destacam na promoção, proteção e desenvolvimentos de crianças e adolescentes.


REFERÊNCIAS:

XAVIER, Alessandra Silva; NUNES, Ana Ignez Belém Lima. Psicologia do Desenvolvimento. 126p. 2ª Edição. Publicação do Sistema UAB/UECE. Fortaleza. 2011.

ROCHA, Antônia Rosimar Machado e. História da Educação. 98p. 2ª Edição. Publicação do Sistema UAB/UECE. Fortaleza. 2010.

LIMA, Maria Socorro Lucena; SILVA, Elisangela André de; BRITO, Célia Maria Machado de. BARRETO, Marcília Chagas. Metodologia do Trabalho Científico. 94p. 2ª Edição. Publicação do Sistema UAB/UECE. Fortaleza. 2010.

ARIÈS, Philippe. História social da criança e da família. Rio de Janeiro: Zahar Editores,
1973.

BRASIL. Lei n.9394, Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Editora do Brasil.

BRASIL. Ministério de Educação e do Desporto. Referencial curricular nacional para educação infantil. Brasília, DF: MEC, 1998.
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A Sociologia se tornou ciência a partir dos anos de 1930. E tem como objeto de pesquisa, o ser humano e suas relações sociais. Émile Durkheim, foi o responsável por formular os primeiros princípios. Portanto, sendo considerado como o pai da Sociologia.. A nova ciência foi influenciada por duas revoluções. A francesa e a industrial. A francesa de caráter político, já a revolução industrial, de representatividade social e econômica.

Seus principais teóricos foram Émile Durkheim, Karl Marx e Max Weber. A Sociologia da Educação, nos ajuda a compreendermos as realidades sociais nas suas diversas dimensões, sobretudo, no sentido de formar indivíduos com consciências crítica, questionadoras e capazes de transformarem a realidade onde vivem. A Sociologia também é usada como parâmetros curriculares e na elaboração de políticas públicas para formação de professores(a).

A Educação é a prática social, humana, coletiva e planejada. Ela faz uso de técnicas, e possui personalidade própria, Portanto, objeto de transformações sócio culturais, econômicas, libertárias e emancipatórias. Algumas correntes sociológicas se formaram ao longo da história, no sentido de contribuir com a organização das sociedades. Émile Dorkheim, pai da Sociologia, foi um dos grandes defensores do funcionalismo. Essa corrente sociológica postulava o pensamento que a sociedade seria um organismo vivo. E que cada órgão teria sua função e que manter a sociedade em harmonia seria funcional. Segundo ele, a educação é um fato social. E que as gerações jovens são educadas e influenciadas pelas gerações adultas. 

Durkheim, influenciou com suas teorias por muito tempo, várias sociedades, a exemplo da educação bancária, que atualmente, caiu em desuso e que foi bastante combatida por Paulo Freire. Outra corrente sociológica Positivista, também representada por Émile Durkheim e Auguste Comte. Reconhecia apenas o conhecimento científico, como a única forma de conhecimento verdadeiro. O conhecimento científico tinha que obrigatoriamente passar pelo clivo da observação, estudo, explicação e comprovação científica. Já Max Weber, foi contrário ao positivismo, suas contribuições surgiram para a reflexão sociológica sobre a educação. Para ele, deveríamos pensar a educação como poder, ou elemento de poder.

O Reprodutivismo era uma outra corrente sociológica, defendida por Marx, Althusser, Establet e Baudelot. Onde o viés, era o combate a divisão de classe, a exploração do homem pelo o homem. Denunciava portanto, o caráter excludente, ideológico e reprodutor das relações sociais de produção e dominação da educação no sistema capitalista. Esses sociólogos foram contrários a educação que reproduzia essas formas de alienação, manutenção e controle da sociedade por parte das classes dominantes como se refere o texto de Deyse Morgana das Neves Correia e Maria do Socorro Xavier Batista.

A escola interfere como mecanismo de produção ou reprodução do modelo de perpetuação e manutenção da sociedade, quando ela reafirma a divisão do trabalho intelectual e o trabalho manual. Já o papel da Sociologia na educação tem como objetivo a escolha de que tipo de matriz curricular e formação educacional vai ser transmitida para as futuras gerações.

Portanto, acredita-se que os marcos teóricos tenham contribuído cada um, com sua especificidade e leitura de mundo e da sociedade de sua época. Todos esses grandes estudiosos da Sociologia, influenciaram com suas teorias e ajudaram de uma forma ou de outra, na configuração dos modelos atuais de sociedade que ai estão. Quer seja harmônicas, reprodutivas, funcionais ou revolucionárias. Embora, a educação que nós temos e que nos é imposta, não seja a educação com ideais emancipatórios, dinâmicos e libertários que tanto almejamos, como tanto queria nosso saudoso Paulo Freire. Entretanto, estudantes e professores(a), precisamos “ser e está”, mais críticos, questionadores e participativos todos os dias de nossas vidas. Na construção de uma sociedade mais justa, com mais saúde, educação, segurança e distribuição de renda para todos.







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                                Tecnologias Digitais em Educação


Novos tempos, novas descobertas. Um novo horizonte se abre para nova Educação inclusiva. Tempos modernos, comunicação e informação em tempo real. Um giz que cortava a superfície verde do nosso quadro-negro, agora se perde por entre os dedos limpos de um click em mouse ou no passar de dedos em touch screen de uma tela lisa, brilhante, interativa e encantadora de uma janela digital que se abre sem limites para um novo mundo de descobertas onde os limites, fica por conta da imaginação e a criatividade humana.

Após acessarmos a plataforma BIOE, conforme recomenda o texto “Avaliação de um objeto de aprendizagem”, de Juliana Braga. Escolhemos o recurso educacional no Portal do Professor, matemática/tabuada. A estrutura curricular é para educação básica do ensino fundamental dos anos inicias. A escolha foi matemática, cujo tema, segue as recomendações de aprendizagens significativas da Base Comum Curricular Nacional do Ministério da Educação. O objetivo é desenvolver raciocínio lógico e noções de quantidade e possibilidades de forma dinâmica e interativa, usando os recursos educacionais tecnológicos para deixar o ensino-aprendizagem da matemática mais fácil e divertida.

Matemática, sua importância e aplicabilidade na escola, no cotidiano de nossas vidas, é sobre tudo, uma necessidade natural de quantificarmos as coisas, o mundo que nos rodeia. Somar, subtrair, multiplicar e dividir para algumas pessoas, causam medo, repulsa por trazer à tona a imagem da disciplina matemática. Uma das disciplinas que mais reprovam, geralmente por alguns não dominar os fundamentos básicos, por exemplo, a tabuada.

As dificuldades para o uso dessas ferramentas educacionais esbarram ainda nas estruturas físicas precárias das nossas escolas. No acesso fácil e barato de uma internet de qualidade que ainda não temos. De equipamentos de inclusão digitais adequados, na formação e apresentação desses aplicativos educacionais aos nossos professores(a) com o objetivo de tornar o aprender dinâmico, interativo para educadores e educando.

A importância desse recurso para professores(a) e estudantes, está no fortalecimento dos conhecimentos de matemática através dessa ferramenta interativa de reforço escolar. Na qual poderá ser implementada a melhor compreensão da disciplina, a resposta imediata se certa ou errada da operação executada. E ainda poderá imprimir as páginas das questões se assim quiser o usuário.

Acredita-se que a construção do conhecimento é uma tarefa contínua e inacabada. E que o uso das novas tecnologias digitais é um caminho sem volta. A matemática nos ajuda desenvolver o raciocínio lógico, a calcular, quantificar, medir entre outras. O uso de softwares, aplicativos e novas metodologias educacionais devem ser apoiadas, incentivadas pelas políticas públicas, no sentido de promover uma nova educação interativa, inovadora e de qualidade, não somente para alguns, mais para todos.


Carlos Araújo
Pedagogia de Maranguape – 2017.

Referências:










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                            Família e Adolescência


Os tempos mudaram e as famílias também. A individualidade, a falta de convivência, o proibir é proibido, são traços marcantes da nova cultura familiar. A tradição de reunir a família para as refeições, cada dia que passa, parece ser uma tarefa cada vez mais difícil. O ambiente competitivo do capitalismo nos obriga, comer fora de casa , no quarto conectado a internet, na sala diante de aparelhos de TV. Telas brilhantes, encantadoras e mágicas. Conectados com o mundo, contudo, desconectados do convívio familiar. Precisamos retomar o bom e velho relacionamento com nossos filhos(a), de outra forma, colheremos os frutos podres da individualidade de uma sociedade imediatista e consumista.

É indiscutível a importância do papel das famílias na promoção, controle e manutenção do desenvolvimento de nossos adolescentes. Segundo a historiadora e psicanalista Elisabeth Roudinesco, ela afirma que no inconsciente dos pais , existe um desejo, que seus filhos(a), sejam ao mesmo tempo que idênticos, diferentes deles. A adolescência é uma das fases mais ricas da vida humana. Repleta de aprendizagens e experimentações. O adolescente nessa etapa, precisa ser observado pela família, sem ser desrespeitado e ouvido sem ser julgado. É portanto, um período de de construção da identidade e sobretudo, a transição do indivíduo da infância, para a vida adulta.

Mudanças significativas, importantes, intensas, biológicas, psicológicas e sociais acontecem nessa fase turbulenta, porém singular, do ciclo natural da vida humana. Da condição de dependência, para a autonomia. Do controle externo, para o autocontrole. É nesse cenário de evolução e mudanças, que se outorga a responsabilidade natural das famílias. Na educação, orientação, controle de hábitos, valores individuais e coletivos de uma sociedade exigente, esclarecida e marcada por direitos e deveres subjetivos.

Temos cinco parâmetros importantes e norteadores que influenciam na formação de nossos jovens. O estado, religião, mídia, escola e a família. É dever do estado, contudo, é função intransferível das famílias incentivar, acompanhar, participar de forma efetiva da vida escolar dos seus filhos(a). A parceria família e escola, é primordial para o sucesso, crescimento e desenvolvimento sócio e educacional de nossos jovens, que hoje, adolescentes, amanhã cidadãos do mundo. E não simplesmente, transferir essa responsabilidade para professores(a) e instituições educacionais de ensino, que já trazem consigo, uma sobrecarga excessiva de atribuições.

Segundo a psicologia positiva, as famílias em parceria com as escolas, são convidados a estabelecerem relações de afeto e de estímulos ao gerenciamento das energias e capacidades, habilidades e talentos de nossos filhos, no sentido de criar nesses jovens, uma consciência ambiental, social, cultural e política. Portanto, atribuições importantes, exigidas pela sociedade e necessárias para o enfrentamento dos desafios contemporâneos da vida moderna. Drogas, violência, criminalidade, desemprego, falta de qualificação profissional, combate a pobreza, direito a saúde, lazer, alimentação e educação de qualidade. São desafios da contemporaneidade para minhões de crianças e jovens do nosso Brasil e do mundo. Políticas públicas que precisam ser implementadas, fiscalizadas e exigidas o seu comprimento. É notório e de conhecimento geral, que esses direitos são muita das vezes, negados a infância e a juventude. E cujo os efeitos sociais, psicológicos e danosos, somente se manifestarão na sociedade, nas gerações futuras. 

Os nossos jovens estão mais politizados, informados, interativos e plugados em movimentos e causas sociais, conectados com a preservação do meio ambiente e digitalizados com a sustentabilidade.
Portanto, acredita-se que o estudo da psicologia do desenvolvimento, tenha contribuído de forma significativa para a compreensão, interação e aprendizagem dos processos físicos, psicológicos , comportamentais e cognitivos que acontecem com ser humano nas diferentes fases do ciclo da vida. Teóricos como Piaget , Vygotsky e Wallon, ajudaram a nortear o entendimento dos fatores que influenciaram o desenvolvimento humano, a exemplo do inatismo, ambientalismo e interacionismo.

Em vista dos argumentos apresentados a cerca do papel da família, da importância da formação e conservação dos bons costumes, hábitos e valores. Da construção de papéis sociais e dos desafios da contemporaneidade, fica o legado e a compreensão mais aprofundada, para todos nós, profissionais da educação, sobre essa fase singular, rica em descobertas e experimentações, que é o adolescer. A partir dessa nova visão da psicologia positivista, o ensinar e o aprender, ganha um novo significado. Precisamos rever nossas práticas pedagógicas e construirmos uma educação diferente, dinâmica, significativa, interessante, encantadora e de qualidade para nossas crianças e adolescentes do Brasil e do mundo.


Referências:
Lopes de Oliveira, M. C. S. (2006). Identidade, narrativa e desenvolvimento na adolescência: uma revisão crítica. Psicologia em Estudo, 11, 427-436.
Yunes, M. A. M. (2003). Psicologia positiva e resiliência: o foco no indivíduo e na família. Psicologia em Estudo, 8,75-84.
https://books.google.com.br/books?isbn=8571107009
LA TAILLE, YVES DE; OLIVEIRA, MARTA KOHL DE. Piaget.Vygotsky.Wallon: teorias psicogenéticas em discussão. São Paulo : Summus.
http://coral.ufsm.br/lec/02_00/Cintia-L&C4.htm






quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

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            O Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova


A escola é uma instituição social e tem como objetivo desenvolver as capacidades cognitivas, afetivas e físicas nos indivíduos. A educação por sua vez, é um processo contínuo de construção de conhecimentos e ensino-aprendizagem inacabados. Cujo o objetivo, é desenvolver no indivíduo, um senso crítico, de autoaprendizagem, da capacidade de criar, de produzir e dividir conhecimentos. Além da formação profissional, prepará-lo para conviver harmoniosamente em sociedade e se tornar um cidadão e agente transformador do mundo.

Lourenço filho em 1922, veio de São Paulo com sua família para o Ceará, a convite do equivalente a governador, Justiniano Serpa, para ministrar formação para professores. Algum tempo depois, foi indicado para assumir como diretor geral de instrução da educação, cargo semelhante hoje, a secretário de educação. Com o objetivo de realizar as reformas necessária na educação do estado.

Durante a reforma, Lourenço Filho, fez uma revolução educacional no Ceará. Inspirado nas experiências positivas e exitosas da educação de São Paulo, implementou cursos sobre a pedagogia nova, criou a diretoria geral da instrução, dividiu o estado em regiões administrativas, criou novas escolas, reforçou a inspeção escolar, além de organizar um amplo recenseamento escolar na política educacional no período histórico de sua administração, quando esteve a frente da pasta da educação no Ceará.
A escola nova, surgiu no final do século XIX, com uma nova proposta para a educação. Mudar o antigo modelo repressivo, tradicional e metódico da educação da antiga República. Defendia uma escola pública gratuita, obrigatória, laica e que tivesse um sistema nacional de educação.

Só existirá democracia no Brasil, no dia em que se montar no país, a máquina que prepara as democracias. Essa máquina é a da escola pública. “ Anísio Teixeira".


O manifesto dos pioneiros da escola nova , foi um documento assinado por 26 estudiosos e intelectuais em 1932. Onde os mesmos, acreditavam portanto, que o maior problema da sociedade brasileira naquele momento histórico, seria a reforma da educação. Hoje, meia dúzia de pseudos representantes do povo e da democracia, acham que o maior problema do Brasil é a reforma da previdência social. O trio, Anísio Teixeira, Fernando de Azevedo e Lourenço Filho, se destacavam como os principais signatários e representantes desse movimento. O tema central da escola nova, segundo os pioneiros, era a reestruturação da escola pública.

O manifesto traçava diretrizes para uma nova política nacional de educação para todos os níveis, aspectos, modalidades. Cobrava a necessidade de todos os professores(a) terem formação superior. Além da valorização do profissional da educação, um piso salarial nacional para a categoria. Defendiam também a vinculação e obrigatoriedade de recursos públicos para a educação. Uma escola única, onde meninos e meninas pudessem estudar na mesma sala e tivessem em comum, os mesmos professores(a).

"A escola tradicional não serve o povo, e não o serve porque está montada para uma concepção social já vencida, senão morta de todo...” (jornal O Estado de S. Paulo, 1926). Lourenço Filho".

Segundo o manifesto, a educação deveria ser uma obrigação impreterivelmente do Estado, sobretudo, um direito social das famílias e da sociedade. Portanto, não deveria ser um privilégio de alguns, sobretudo, um direito orgânico, fisiológico e social de todos. Exigia uma educação de qualidade para todos, independente da sua condição econômica ou social. Entre outras, estas foram portanto, algumas das sugestões e exigências pleiteadas pelos os pioneiros da escola nova.

O movimento de reforma da educação no Ceará liderada por Lourenço Filho em 1922, é considerada um divisor de águas para história da educação no Brasil. Do manifesto de 1932, ficaram sementes que somente brotaria na mente e nos corações de estudiosos e intelectuais apaixonados por uma escola pública, única, de qualidade, gratuita e para todos. Muitas conquistas foram estabelecidas, contudo, a batalha não está ganha, ela é contínua todos os dias nas salas de aulas de cada escola desse continente chamado Brasil. 

Acredita-se que,  políticas públicas para  educação precisam  ser criadas e apoiadas por nossos governantes. Escolas e profissionais da educação necessitam, além de respeito por parte dos estudantes e do Estado, uma melhor valorização financeira pelos esforços ,dedicação e excelentes serviços prestados  a nossa sociedade.   Lourenço Filho e os pioneiros da escola nova,  contribuíram de forma significativa no sentido de exigirem mudanças e melhorias para educação. Cabe a cada um de nós, cobrarmos o comprimento da educação que temos direito e  a execução de políticas públicas que funcionem verdadeiramente e que alcance todos os segmentos de nossa sociedade. Portanto, uma educação pública gratuita de qualidade, quantidade e  emancipatória  para todos(a).


Referências:
http://www.unioeste.br/cursos/cascavel/pedagogia/eventos/2008/4/Artigo%2015.pdf
https://youtu.be/d0TNt6LEjBY
http://frankvcarvalho.blogspot.com.br/2011/10/lourenco-filho.html



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                        Democratização Racial

Nossa história é marcada pela supervalorização da cultura branca em detrimento dos demais povos, a exemplo de negros e índios. Estamos no início de um processo de democratização racial, valorização e reconhecimento histórico da cultura indígena e africana no Brasil. O histórico de lutas e conquistas, começou na constituinte 1987. Onde movimentos sociais que defendiam essa causa, se organizaram e exigiram o cumprimento dos direitos de negros e índios, historicamente negados a centenas de anos, fossem respeitados, garantidos e reconhecidos por parte do Estado, como parcela importante da sociedade comparticipantes da luta pela construção e formação do patrimônio material e imaterial da população brasileira.

Portanto, com a constituição de 1988, os movimentos sociais ganharam forças e visibilidade. Mas somente em 2003, a lei Nº 10.639 e em 2008, com a lei N°11.645 , a LDB, passou a incluir no currículo nacional regular de ensino, celebra portanto, a obrigatoriedade nos estabelecimentos oficiais e privados de ensino fundamental e médio, o estudo da história e cultura dos povos indígenas e afro-brasileiros.

O continente africano tem uma forte ligação histórica com o Brasil. A herança sociocultural advindo do processo de colonização, povo que veio de lá trazendo cultura, religião, culinária, costumes. No entanto, observamos que não se dar tanta ênfase em sala de aula. Até mesmo alguns livros didáticos ainda pouco exploram sobre o assunto, dando maior ênfase ao tema da escravidão, ou seja, o negro como escravo e de raça inferior. Deles herdamos boa parte de nossa cultura, em especial a cearense: o samba, a capoeira, as danças, a religião, a culinária (a feijoada, o baião de dois), as roupas, são patrimônios imateriais e heranças africanas. Alguns municípios cearenses tem sua origem na comunidades formadas por negros, a exemplo de Monsenhor Tabosa. Tivemos quilombos aqui no Ceará, como a comunidade de Conceição dos Caetanos em Tururu. Manifestações culturais que acontecem todos os anos como o Maracatu.

Os índios também foram importantes para nossa história e formação da nossa cultura. O vocabulário, as lendas, as crendices, a culinária, tipos de moradias, são exemplos da heranças culturais deixada por esses povos. A luta de nossos nativos também era contra as moléstias contagiosas, exploração e brutalidade dos colonizadores e sobretudo, para se afirmar como etnia. A tapioca, a rede, as danças e as pinturas são exemplos diversos da influência indígena e incorporadas a nossa cultura.

As manifestações culturais ao longo da história foram fazendo parte das nossas vidas. Segundo estudiosos da cultura indígena, a música sertaneja, a dança de roda de ciranda, as festas juninas, a música nordestina, do contrário daquilo que muito pensam, tem origem indígena. Essas visões estereotipadas vêm sendo discutidas e afrodescendentes juntamente com os indígenas vem conquistando espaço em todos os âmbitos da sociedade, resultando na aquisição de direitos sociais inerentes e diversificados e de uma nova visão a respeito deles.

Desmistificando a ideia de uma cultura hegemônica e considerando as sigularidades de cada raça , tribos ou etnia. Com suas características próprias e especificidades peculiares de cada povos. Todavia as mudanças são frutos de lutas constantes das minorias pelo o reconhecimento de direitos adquiridos. Entretanto, ainda há muito a se lutar para o total reconhecimento e aceitação da importância desses povos na composição da sociedade brasileira.Negros e índios conseguiram espaço nos mais diversificados segmentos da sociedade. E através do diálogo, foram conquistando respeito, reafirmando sua identidade e fazendo o Brasil reconhecer a pluralidade e a diversidade sociocultural do seu povo. Entretanto, ainda há muitas batalhas para se guerrear e batalhas para se conquistar. Desigualdades sociais, preconceitos existem e são realidades inegáveis. Entretanto, o reconhecimento, respeito e aceitação, são atributos mais que merecidos, a essa parcela importante da sociedade que tanto tem ajudado a fazer do Brasil essa nação grande e forte.


REFERENCIAS:
População negra no Ceará e sua cultura (Revista África e Africanidades. n.3.vol.11, nov.2010).
O ensino de história indígena: possibilidades, exigências e desafios com base na Lei 11.645/2008 (Revista História Hoje, v. 1, n. 2, p. 213-223 - 2012). 
 Formação e a Identidade do Pedagogo

A Pedagogia é a ciência da educação. Em 2006 foi aprovado uma resolução criando a DCNP- Diretrizes Curriculares Nacionais para a Pedagogia, este documento estabelece e normatiza o campo de atuação do profissional da pedagogia. Na presente resolução, define princípios, condições de ensino, aprendizagem, avaliação e planejamento nas instituições de ensino públicas ou privadas. Referendando a formação inicial para docência nas áreas da Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, Médio, Normal e Ensino Profissional, entre outros. 

Conforme o artigo 2° e inciso 1°, define o eixo da docência como sendo o processo pedagógico metódico e intencional de cunho educativo. Mediadores de conhecimentos científicos, culturais, sociais, éticos e estéticos. Articuladores de conhecimentos diversos e visões de mundo diferentes.

Contudo, o conceito do eixo da gestão de sala de aula ou de escola, é o pedagogo responsável pela tomada de decisões administrativas, burocráticas, planejamentos, coordenação e sobretudo, um especialista em educação. Já o eixo da pesquisa, podemos definir como sendo o segmento responsável pela difusão, produção dos processos do conhecimento científico, educacional e tecnológico. O Pedagogo pode ainda trabalhar com pesquisas, na produção de materiais pedagógicos, com políticas educacionais, em educação a distância e na elaboração de projetos e consultorias.

Contextualizando os três eixos temáticos mediadores que preconizam as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Pedagogia, ou seja, docência, gestão e pesquisa. Entendemos que se faz necessário, a incorporação de novas tendências educacionais , integralizando saberes e unificando conhecimentos. A educação significativa precisa ter o seu espaço. Precisamos aproveitar melhor as diversas ferramentas das novas tecnologias a favor da educação. No sentido de deixá-la mais dinâmica e agradável o ato de ensinar e aprender. Valorizar os profissionais da educação. Formar docentes com visões ambientais de sustentabilidade e sobretudo, comprometidos sobremaneiras com uma educação de qualidade, com uma sociedade harmônica e com justiça social para todas(a). 

Acredita-se portanto, que exista uma diferença bastante significativa entre prática e estágio. E que a prática no início, meio e fim no processo de formação do pedagogo, lhe traria além de experiência, contato direto com as realidades pertinentes de uma sala de aula. Clareza de ideias, auto confiança, estágios e práticas quantitativas e qualitativas, conteúdos significativos são valores que reforçam condições necessárias que colaboram para a formação de uma nova geração de professores(a), mais críticos, questionadores e transformadores das realidades sociais ao seu redor. Docência, gestão ou pesquisa, o leque de possibilidades se ampliam na direção do mercado de trabalho para esses profissionais. Cabe a cada um, fazer as suas escolhas. 

Entretanto, não cabe a cada um de nós, tecer críticas e comentários inoportunos a cerca do modelo de formação pedagógica que ai está. Contudo, questionamentos são válidos e o mercado de trabalho é amplo. Vale a pena ressaltar a importância que os três eixos temáticos das Diretrizes Curriculares Nacionais Para a Pedagogia tem contribuído para a educação, desde a sua aprovação em 2006. Portanto, acredita-se que a sociedade, pais, responsáveis, estudantes e professores precisamos estabelecer uma aproximação maior no sentido de implementar estratégias e soluções que cobre do Estado políticas públicas que apoiem e der condições necessárias a escola e aos profissionais da educação, desempenharem suas atribuições com alegria e prazer. Certos do respeito, reconhecimento e importância que essa categoria tem realizado a título de organização, manutenção e influência na formação de nossa sociedade brasileira.


Referências:

LIBÂNEO, J. C. Pedagogia e pedagogos, para quê? São Paulo: Cortez, 1998. 

PIMENTA, S. G. Formação de professores: saberes e identidade da docência. In: PIMENTA, S. G. (Org.). Saberes pedagógicos e atividade docente. São Paulo: Cortez,1999. 

VIEIRA, Suzane da Rocha. Docência, Gestão e Conhecimento: Conceitos Articuladores do Novo Perfil do Pedagogo Instituído pela Resolução CNE/CP N.01/2006.

Campinas: Revista HISTEDBR On-line, 2017. N.44. p.131-155. 

http://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2017/24896_12926.pdf






A concepção de infância que temos na atualidade é completamente diferente das sociedades na idade média. Hoje temos claramente a concepçã...