segunda-feira, 18 de setembro de 2017

 A EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA E A CYBERCULTURA
"A modalidade EAD é totalmente diferente do ensino tradicional onde o estudante é visto como um ser passivo que recebe a informação pronta, já na modalidade à distância o conhecimento é construído juntamente com os professores, tutores e alunos. As principais vantagens dessa modalidade são várias: desenvolvimento da autoaprendizagem do estudante e sua autonomia, disciplina, quebra de espaço físico e horários determinados, o formando organiza seus estudos como lhe convém, atratividade do conteúdo com as TIC’s, aquisição contínua de novos conhecimentos, trocas de experiências com os membros do grupo. A EAD é definida como: “aprendizado planejado” (MOORE e KEARSLEY, 2007) ".
Dentro dessa perspectiva é necessário toda uma estrutura montada para concretização e realização desse modelo de ensino e essa complexidade requer profissionais capacitados e com perfil dentro da visão que é a EAD.
O grande desafio hoje do professor e equipe pedagógica é desenvolver competências para garantir a qualidade de ensino neste novo ambiente. Segundo Lito e Formiga (2009) a aquisição destas competências envolve: (1) o saber e o fazer, (2) a teoria e a prática e (3) os princípios e processo da tecnologia educacional. Neste sentido o papel do professor e os demais membros do grupo que desenvolvem a EAD mudaram, eles não podem mais atuar como se estivesse em sala de aula é necessário novas competências e habilidades mínimas para atuar na educação à distância. Segundo Alonso (1993, p.72) o professor precisa “ser visto como alguém que não está pronto, acabado, mas em constante formação”. Rever suas práticas à medida que a tecnologia avança e muda sempre se atualizando.
No sistema EAD entra em cena o professor mediador eis o grande desafio do profissional em educação à distância. Para que os tutores desenvolvam um bom trabalho é preciso que eles tenham algumas características específicas ou que as desenvolva, elas são: dinamismo, criticidade, capacidade de interagir e propor interações entre os alunos, conhecimento e habilidade com as novas tecnologias de informação e comunicação. As competências necessárias aos alunos da EAD são: comprometimento, organização, iniciativa, autonomia e disciplina. O aluno não pode ser passivo. A interação com o objeto de estudo e com o grupo marca a sua presença. Ler matérias, interagindo nas ferramentas, contribuindo com colegas, tutores e professores, resolvendo desafios, publicando suas produções. Essas competências trazem consigo o selo de credencial para um bom ensino a distância o que exige cada vez mais dos profissionais envolvidos.
A cibercultura e seus aplicativos farão um papel preponderante nesse sistema de educação que está se tornando a cada ano mais reconhecido e participativo por uma clientela diferenciada.

Helder de Lima Chagas -  Pedagogia 2017 - Maranguape.

Universidade Estadual do Ceará – UECE


REFERÊNCIAS

ALVES, L., BARROS, D. Moodle: estratégias pedagógicas e estudo de caso. Salvador: EDUNEB, 2009.
BORGES NETO, H. Uma classificação sobre a utilização do computador pela escola. Revista Educação em Debate, ano 21, v. 1, n. 27, p.135-138,Fortaleza, 1999.
BRUNER, J. Going Beyond the information given. New York: Norton, 1973 COLL, C. Psicologia e currículo. São Paulo: Ed. Ática, 2003.
ALARCÂO, Isabel. Professores reflexivos em uma escola reflexiva. São Paulo: Cortez, 2004.

BEHAR, Patrícia Alejandra. Arquitetando a Educação a Distância - ARQUEAD - Porto Alegre: UFRGS, 2009. Disponível em: BRASIL, MEC. Em Aberto (Currículo: referenciais e tendências). INEP, Brasília, N.º 58, abril/jun. 1993. BRASIL. (2007) Ministério da Educação e Cultura. “Referenciais de Qualidade para Educação Superior a Distância”. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/legislacao/refead1.pdf>.

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