sábado, 30 de setembro de 2017

Arte-Educação


                                Arte e Educação

O termo arte vem do latim, que significa habilidade. O conceito de arte está ligado a sensibilidade, criatividade e imaginação. Para contextualizarmos o conceito e atribuições da Arte-Educação na sociedade, se faz necessário conhecermos o início da arte na história da humanidade. O homem é uma ser social e arquiteto de sua própria formação. E desta forma, desde os tempos mais remotos utilizou a arte como uma forma de expressar suas crenças e deixar registrado o seu cotidiano e o ambiente que o cercava. Arte e Educação se confunde com a história da humanidade. Porque viver também é uma Arte.


Em Maio de 2016, artes visuais, teatro e dança passaram a fazer parte do ensino e do currículo básico da educação brasileira. Até então, somente a música fazia parte obrigatória da LDB. A arte é o espelho e a expressão máxima da vida. A arte é uma ferramenta cultural, democrática, social e transformadora. Desde cedo o homem primitivo usava a arte para construir armas, caçar, desenhar nas cavernas e registrar o seu cotidiano.


Os principais objetivos da arte é a valorização do ser humano. Fomentar a criatividade, sensibilidade e contribuir de forma afetiva e cognitiva com o desenvolvimento e fortalecimento das raízes culturais dos povos. No ambiente escolar, sua importância e aplicabilidade transcende os limites da imaginação e da criatividade de seus protagonistas.


O ensino-aprendizagem torna-se significativo, dinâmico, agradável e lúdico. A arte nos permite fazer uma leitura holística do mundo que nos rodeia. A arte funciona como um gatilho, que desperta em todos nós, comunidade escolar e sociedade, o senso crítico e questionador das coisas. Das diferenças do bem e do mal, do certo ou errado, do conceito de feio ou da estética de belo.


Segundo Paulo Freire, o educador como um ser histórico, político, pensante e crítico , não poderia ter uma postura neutra diante dos fatos. Se posicionar, deixar claro a sua visão política, social e econômica de mundo, para ele, requisito imprescindível para um educador. O profissional da Educação é um agente formador de opinião. E quando utilizamos as ferramentas corretas das artes e suas manifestações em sala de aula, os horizontes dos saberes significativos se ampliam para esses alunos.


O cantar, dançar, pintar e representar, ajuda esses estudantes a dizer o que são e o que pretendem ser. A arte desenvolve o raciocínio, promove o equilíbrio, ritmos, movimentos, comunicação, percepções sonoras, visuais e táteis nas pessoas. Contudo, a arte na sociedade, funciona como um instrumento de socialização, encantamento, e multiplicador de uma nova forma lúdica de ensinar e aprender.


As arte estão catalogadas em 11. O Teatro é a segunda arte, e faz parte do portfólio das Artes Cênicas. É considerado um dos mais completos e importantes representantes da arte. Segundo a Wikipédia, atores ou atrizes interpretam uma história ou uma atividade para um público em um determinado lugar. Com o Teatro, o educador tem uma riqueza de possibilidades e que podem ser trabalhadas em todas disciplinas em sala de aula. No Brasil, o teatro surgiu no século XVI. Um dos seus representantes foi o padre José de Anchieta.


A música, é primeira arte. É considerada uma das práticas culturais e humanas mais utilizadas pelas civilizações ao longo da história. Trabalha sons e ritmos. O limite para a sua aplicabilidade é a imaginação e a criatividade de cada um. Que vai desde em atividades coletivas, educacionais ou terapêuticas.


Portanto, acredita-se que os desafios da Arte no contexto da Educação e sociedade, seja o educador, se manter sempre atualizado com os novos pensamentos e práxis pedagógicas. Promover a valorização do ser humano, desenvolver talentos, criatividade, sensibilidade e humanizar as práxis educacionais. Fazer do aprender e ensinar mais dinâmico, interessante e significativo. Formação de valores e o desenvolvimento de habilidades que contribua para as relações interpessoais emancipatórias.


REFERÊNCIAS:
https://www.significadosbr.com.br/arte







segunda-feira, 18 de setembro de 2017

 A EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA E A CYBERCULTURA
"A modalidade EAD é totalmente diferente do ensino tradicional onde o estudante é visto como um ser passivo que recebe a informação pronta, já na modalidade à distância o conhecimento é construído juntamente com os professores, tutores e alunos. As principais vantagens dessa modalidade são várias: desenvolvimento da autoaprendizagem do estudante e sua autonomia, disciplina, quebra de espaço físico e horários determinados, o formando organiza seus estudos como lhe convém, atratividade do conteúdo com as TIC’s, aquisição contínua de novos conhecimentos, trocas de experiências com os membros do grupo. A EAD é definida como: “aprendizado planejado” (MOORE e KEARSLEY, 2007) ".
Dentro dessa perspectiva é necessário toda uma estrutura montada para concretização e realização desse modelo de ensino e essa complexidade requer profissionais capacitados e com perfil dentro da visão que é a EAD.
O grande desafio hoje do professor e equipe pedagógica é desenvolver competências para garantir a qualidade de ensino neste novo ambiente. Segundo Lito e Formiga (2009) a aquisição destas competências envolve: (1) o saber e o fazer, (2) a teoria e a prática e (3) os princípios e processo da tecnologia educacional. Neste sentido o papel do professor e os demais membros do grupo que desenvolvem a EAD mudaram, eles não podem mais atuar como se estivesse em sala de aula é necessário novas competências e habilidades mínimas para atuar na educação à distância. Segundo Alonso (1993, p.72) o professor precisa “ser visto como alguém que não está pronto, acabado, mas em constante formação”. Rever suas práticas à medida que a tecnologia avança e muda sempre se atualizando.
No sistema EAD entra em cena o professor mediador eis o grande desafio do profissional em educação à distância. Para que os tutores desenvolvam um bom trabalho é preciso que eles tenham algumas características específicas ou que as desenvolva, elas são: dinamismo, criticidade, capacidade de interagir e propor interações entre os alunos, conhecimento e habilidade com as novas tecnologias de informação e comunicação. As competências necessárias aos alunos da EAD são: comprometimento, organização, iniciativa, autonomia e disciplina. O aluno não pode ser passivo. A interação com o objeto de estudo e com o grupo marca a sua presença. Ler matérias, interagindo nas ferramentas, contribuindo com colegas, tutores e professores, resolvendo desafios, publicando suas produções. Essas competências trazem consigo o selo de credencial para um bom ensino a distância o que exige cada vez mais dos profissionais envolvidos.
A cibercultura e seus aplicativos farão um papel preponderante nesse sistema de educação que está se tornando a cada ano mais reconhecido e participativo por uma clientela diferenciada.

Helder de Lima Chagas -  Pedagogia 2017 - Maranguape.

Universidade Estadual do Ceará – UECE


REFERÊNCIAS

ALVES, L., BARROS, D. Moodle: estratégias pedagógicas e estudo de caso. Salvador: EDUNEB, 2009.
BORGES NETO, H. Uma classificação sobre a utilização do computador pela escola. Revista Educação em Debate, ano 21, v. 1, n. 27, p.135-138,Fortaleza, 1999.
BRUNER, J. Going Beyond the information given. New York: Norton, 1973 COLL, C. Psicologia e currículo. São Paulo: Ed. Ática, 2003.
ALARCÂO, Isabel. Professores reflexivos em uma escola reflexiva. São Paulo: Cortez, 2004.

BEHAR, Patrícia Alejandra. Arquitetando a Educação a Distância - ARQUEAD - Porto Alegre: UFRGS, 2009. Disponível em: BRASIL, MEC. Em Aberto (Currículo: referenciais e tendências). INEP, Brasília, N.º 58, abril/jun. 1993. BRASIL. (2007) Ministério da Educação e Cultura. “Referenciais de Qualidade para Educação Superior a Distância”. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/legislacao/refead1.pdf>.

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Filosofia na Educação






FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO

Para contextualizarmos as atribuições da educação na sociedade de classe, se faz necessário conhecermos o homem no cenário otológico da história da humanidade. O homem é diferente de todos os seres orgânicos e inorgânicos, ele precisa produzir sua própria existência. Através da ação criativa e ativa, ele se adapta, transforma a natureza e o meio em que vive e desta forma, produz e reproduz a vida.

Quando o homem transforma o meio ou a natureza, ele também sofre transformação através do processo de exteriorização. E através dos saltos otológicos qualitativos, surge o trabalho como fator de socialização do homem. Agora o homem é uma ser social e arquiteto de sua própria formação. O trabalho executado pelo homem é diferente do produzido pelos os animais. Os animais constroem somente o necessário para si e sua cria. O homem, por sua vez, faz uso da sua capacidade teleológica e da prévia ideação para obter melhores resultados nos processos de objetivação de seus projetos epifenômenos.

O homem não só transforma a natureza mais ajuda a construir o mundo dos homens na dialética da objetividade e subjetividade da história segundo Marx. Os economistas, políticos clássicos e o ideário liberal, acredita-se que o surgimento das trocas esteja ligado à capacidade humana de produzir excedente. Com a Revolução Industrial, aconteceu a mudança dos novos processos de manufatura, de artesanal para máquinas, com isso aconteceu uma superprodução. Favorecendo o aparecimento do capitalismo.

Na obra de Marx, o capital, a alienação e a exploração do trabalho, forma predominante de troca, é criticada por ele como sendo a divisão do trabalho, uma forma de alienação, não permitindo o trabalhador pensar sua produção, não se identificar e nem ter a posse do produto produzido. As chamadas relações de interdependências. Segundo Adam Smith, o homem é egoísta propenso a troca, sendo portanto a mesma, um dos fundamentos da sociabilidade humana. No neoliberalismo a concepção ideológica de sociedade capitalista se apresenta como sendo composta por indivíduos igualmente livres e emancipados que acumulam bens por força de sua capacidade empreendedora e portanto, justificando as diferenças e desigualdades de posses pelas diferenças de talento e de empenho.

Desta forma, ocultando a violência mascarada que sustenta historicamente e estruturalmente a exploração do trabalho pelo capital. Nas décadas de 80 e 90 a ideia massificada na sociedade de consumo era da qualidade. Nos dias atuais o status do indivíduo é medido pela quantidade dos produtos que ele pode comprar. A chamada de sociedade dos descartáveis. Precisamos romper com os pensamentos prontos e imediatos sem esforços de construção teóricos.

 Após o surgimento da propriedade privada e do aumento dos meios de produção, a história da humanidade tem sido de lutas de classes e que atualmente vivemos no modo de produção capitalista, baseado na extração de mais-valia, na exploração, na competição e na concorrência, a educação, acaba contribuindo para a reprodução do modelo desta sociedade dominante. Nossa sociedade é uma sociedade gráfica, isto é, baseada na escrita. Saber ler e escrever significa ter acesso a um mínimo de sociabilidade, ter um mínimo de autonomia individual. A escrita foi inventada há mais de 6.500 anos e um bilhão de pessoas ainda não sabe ler e escrever.

No Brasil, ainda temos cerca de 18 a 20 milhões de analfabetos, sem contar com os analfabetos funcionais. Segundo Mészáros, a educação atual tem duas funções principais na sociedade capitalista. A primeira é produção das qualificações necessárias ao funcionamento da economia. Segunda é formação de quadros e a elaboração dos métodos para um controle político. Para Gramsci, a educação tem uma função conservadora na configuração, disseminação e reprodução da ideologia e na preservação do poder das classes dominantes. Já para Marx, a educação perde seu sentido que é a formação integral do ser humano, quando aceita a reprodução da hierarquia social implantada pelo capital.

 Portanto, acredita-se que as atribuições a educação no contexto das sociedades de classe, forme, qualifique, esclareça, conscientize, seja hegemônica, teleológica e que através dos saltos ontológicos de qualidade, das contradições, das lutas e antagonismos de classes, tenha o papel essencial da educação que é a formação de valores e o desenvolvimento de habilidades que contribuirão para as relações interpessoais emancipadoras.

 Carlos Araújo Pedagogia Maranguape-2017


 REFERÊNCIA: MARINHO, Cristiane Maria; FURTADO, Elizabeth; MOURA, Epitácio Macário; COELHO, Maria Hercilia Mota. Filosofia da Educação. Unid. 03 e 04-63-109p. 2ª Edição. Publicação do Sistema UAB/UECE. Fortaleza. 2010.

A concepção de infância que temos na atualidade é completamente diferente das sociedades na idade média. Hoje temos claramente a concepçã...